Ao falar em nome dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sessão da ministra Cármen Lúcia como presidente da Corte, na noite desta quinta-feira (14), o ministro Marco Aurélio prestou homenagens e destacou que a ministra coordenou a Justiça Eleitoral com os “olhos voltados ao zelo da coisa pública, que muitas vezes é maltratada, muitas vezes é colocada em segundo plano”. O ministro afirmou que a ministra Cármen Lúcia jamais se valeu do cargo para alcançar “quer a divulgação do próprio perfil, quer, muito menos, qualquer vantagem pecuniária ou não”.
“Não temos bem uma despedida, pois continuaremos a contar com a sua força intelectual e a sua força de trabalho, quer na convivência em geral, quer no âmbito do Supremo Tribunal Federal”, disse ele à ministra.
O ministro Marco Aurélio lembrou que a ministra deixa a Presidência do TSE “numa alternância republicana”. Mas destacou: “Se não tivéssemos jungidos aos princípios próprios da Administração Pública, não teríamos - e eu penso que falo pelos colegas - a menor dúvida de reconduzi-la ao cargo”.
“E até mesmo prorrogar o mandato de Vossa Excelência, em que pese o término da permanência de quatro anos como titular indicada pelo Supremo no TSE, para completar o biênio alusivo à Presidência”, afirmou o ministro.
Disse também que o exemplo da ministra Cármen Lúcia permanecerá no TSE e na Justiça Eleitoral. “Saiba que tudo o que teve início em sua gestão alcançará continuidade, porque estou certo que os atos praticados objetivaram o melhor em termos de engrandecimento da Justiça Eleitoral”, ressaltou o ministro.
Também elogiou a atitude da presidente do TSE em criar uma comissão de transição de passagem de uma gestão para a outra. “Muito embora eu possa, de início, ante a certeza de que eu seguirei os seus passos, dizer que a administração será, em última análise, uma administração menor”.
Ao falar da tribuna, o advogado Eduardo Alckmin afirmou que a advocacia fazia “coro” às homenagens prestadas pelo ministro Marco Aurélio à presidente do TSE.
“Queremos homenagear também uma pessoa que tanto brilhou na advocacia e hoje nos deixa envaidecidos pela forma muito exitosa como exerce a magistratura. E mais. De novo, mostrou-se uma administradora do maior talento”, disse Alckmin.
O advogado afirmou que a ministra Cármen Lúcia encerra de forma admirável a primeira administração de uma mulher à frente do TSE. Disse ele que advocacia também estava orgulhosa da ministra pelo sucesso do trabalho realizado. Por fim, Eduardo Alckmin acrescentou que os advogados estavam tristes por perder o convívio da ministra no Tribunal.
“Fará falta. Mas teremos a nos consolar a perenes lições e o exemplo que nos deixa nessa passagem tão profícua”, disse ele.
Acesso em 15/11/2013
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Tribunal Superior Eleitoral
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