O ministro Marco Aurélio gravou nesta terça-feira (11) o segundo programa “Eleições 2014 - uma conversa com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral”, em que recebe jornalistas convidados para um bate papo sobre temas relativos ao processo eleitoral. O programa vai ao ar nesta quarta-feira (12), pela TV Justiça, às 13h30. Os temas desta edição foram financiamento de campanhas e Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010). Os convidados foram Fernando Rodrigues, da Folha de S.Paulo, Christina Lemos, da TV Record, Luiz Orlando Carneiro, do JB online, e José Maria Trindade, da Rádio Jovem Pan.
A ideia do programa é debater os temas em uma conversa informal com profissionais de todos os tipos de veículos de informação. Na opinião do representante da Jovem Pan, esse tipo de debate é muito importante porque é “uma abertura não só para os jornalistas que participaram, mas para a sociedade em geral. Foi uma entrevista democrática, muito aberta e eu recomendo”, afirmou.
Já Luiz Orlando acredita que as altas autoridades devem, vez por outra, ter esse tipo de contato com os profissionais da imprensa. Segundo ele, essa aproximação da mídia com o TSE é muito importante, sobretudo em ano eleitoral.
Na opinião da jornalista Christina Lemos, o ministro Marco Aurélio tem uma marca muito interessante de “mudar padrões de comportamento”. “O juiz que fala, fala porque é preciso se expressar, é preciso se comunicar com a sociedade, é preciso mostrar que o Poder Judiciário não está trancado em um castelo. O Poder Judiciário se comunica sim, se explica, e a população entende que este poder existe para protegê-la. O ministro falar sobre eleições, regras eleitorais, isso é fundamental. Quem sabe as pessoas agora venham para a urna, ao invés desse chamado de “vem pra rua”. Venha para a urna, vote, exerça seu direito. E a gente espera que outros juízes, que outros representantes do Judiciário compreendam que é preciso se comunicar com a sociedade”, salientou.
Para Fernando Rodrigues, é “muito importante quando um ministro do STF e do TSE abre esse espaço para debater com os jornalistas temas de relevância para a sociedade”. Segundo ele, é uma forma de conhecer a opinião do ministro para saber o que vai acontecer, "sobretudo em um ano eleitoral tão importante quanto este de 2014".
No início da conversa, questionado sobre sua opinião quanto ao financiamento de campanhas eleitorais por parte de empresas, o ministro disse que não podemos crer em “altruísmo”, pois “é claro que há uma contraprestação visada que sai muito caro à sociedade”. Em outras palavras, as empresas que doam sempre esperam um retorno por parte daqueles que ajudaram a eleger. O ministro constatou ser a favor do financiamento exclusivamente público das campanhas, porém com regras rígidas.
Em relação à Lei da Ficha Limpa, o ministro definiu como uma “segunda triagem”, pois a primeira triagem quem deve fazer é o eleitor, que deve afastar da vida pública os maus políticos. Ele destacou a importância da participação nas eleições, principalmente dos eleitores mais novos. “Devemos conclamar os jovens à participar do certame de 2014”, enfatizou.
Acesso em 14/02/2014
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Tribunal Superior Eleitoral
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