Agentes da Polícia Federal (PF) estiveram na Câmara de vereadores de São José do Rio Preto (SP) na manhã desta quinta-feira (10) para cumprir mandado de busca e apreensão. A operação faz parte das investigações sobre possível compra de votos nas últimas eleições. Os policiais também foram à casa do vereador Maurin Ribeiro, do PC do B, na zona norte da cidade, onde vasculharam o local e apreenderam documentos e o celular dele.
Assim que chegaram à Câmara, por volta das 6h20, os agentes também vasculharam o gabinete de Maurin Ribeiro por mais de uma hora em busca de provas com relação a compra de votos. Na presença de assessores do parlamentar, os policiais analisaram planilhas e outros documentos. Alguns deles foram apreendidos.
O vereador se apresentou espontaneamente na sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos, onde ficou por cerca de 40 minutos.
No último dia 3, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em um posto de combustível e em uma madeireira na cidade. A suspeita é de que o posto distribuía requisição de combustível para eleitores no valor de R$ 50. Para isso, o eleitor teria de colar um adesivo do vereador no carro. No dia 3, sobre a madeireira e o posto de combustíveis abordados pela Polícia Federal, o vereador falou que conhece os donos dos dois estabelecimentos comerciais, mas que não recebeu nenhuma ajuda financeira. Maurin disse ainda que adesivou carros em semáforos com a autorização dos proprietários dos veículos, mas em nenhum momento em troca de combustíveis.
A polícia já investiga a denúncia de compra de votos contra o vereador e presidente da Câmara Fábio Marcondes (PR), que também é investigado por gasto excessivo na campanha deste ano.
Outro caso
No dia 27 de outubro, a Polícia Federal também cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete do presidente da Câmara de Rio Preto, Fábio Marcondes, do PR. Segundo informações da polícia, o parlamentar é investigado por suposto crime de compra de votos.
Policiais federais também foram até a casa do vereador, que fica dentro de um condomínio de luxo da cidade, em busca de documentos que possam comprovar a ligação dele com o susposto crime, conforme diz a polícia. Segundo o Ministério Público, Marcondes teria gasto até três vezes mais do que poderia gastar nas eleições deste ano.
Fábio Marcondes publicou em redes sociais que é inocente, não comprou votos e que todos os gastos de campanha foram corretamente registrados na Justiça Eleitoral. Depois de o inquérito da Polícia Federal ser concluído, irá para o Ministério Público.
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G1
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Acesso em 18 de novembro de 2011