O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou a abertura de inquérito para investigar o senador Edison Lobão (PMDB-MA) por crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
De acordo com o magistrado, os elementos encontrados pela PGR são “fortes indícios” de que Lobão, na qualidade de sócio oculto da empresa Diamond Mountain Capital Group, teria agido em favor da captação de investimentos da empresa junto à Petrobras.
Barroso também atendeu ao pedido do Ministério Público Federal e quebrou o sigilo bancário do senador no período entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012.
Segundo ele, um primeiro exame dos autos revela elementos de participação direta do parlamentar nos fatos narrados. “Não se está diante de notícia sem qualquer apoio indiciário ou de noticia fundada somente em denúncia anônima”, argumentou.
De acordo com o pedido da PGR, em 2011, quando era ministro de Minas e Energia, Lobão teria entrado de forma oculta no quadro societário da Diamond através do advogado e amigo Marcio Coutinho.
A partir de então, ele teria usado sua influência política para viabilizar aportes de capital de diversos fundos de investimentos públicos na empresa.
Barroso destacou que dados obtidos na agenda de Lobão expõem diversas reuniões nas quais podem ter sido negociados os esquemas.
“Aduz que a possível interferência do então ministro em favor dos interesses da Diamond Capital Group pode ser percebida pela coincidência entre os compromissos agendados com representantes da empresa e dirigentes da Petrobras, nos mesmos dias”, ressaltou o ministro. Este é o quinto inquérito contra Lobão.
Leia a matéria completa em :
CONJUR
www.conjur.com.br
Acesso em 29/06/2017