O apresentador do programa VIP, Eduardo Carvalho, seu sócio Fávio Jamal e a eleitora Cristiane Botelho aceitaram convite do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso e compareceram à Casa da Democracia para acompanhar o trabalho de carga e lacre das urnas eletrônicas que serão usadas em vários locais de votação em Cuiabá. Além disto, confirmaram que o voto que eles deram no dia 07 de outubro foi computado.
Na ocasião, pelo menos um deles chegou a ser encaminhado pela Polícia Militar por estar fazendo tumulto em um dos locais de votação, localizado no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), em Cuiabá.
Eles foram recebidos na Casa da Democracia pela juíza da 55ª Zona Eleitoral, Célia Vidotti, pelo diretor geral do TRE, Nilson Bezerra, pelo secretário de Tecnologia da Informação, Luiz Darienzo, e pela chefe do cartório eleitoral, Andrea Noronha.
Os três eleitores disseram ficar convencidos de que seus votos foram devidamente computados para seu candidato a presidente, durante o 1º turno das eleições, realizado no dia 7 de outubro. “Pelo boletim de urna eu vi que, de fato, meu voto está lá, computado”, disse o eleitor Eduardo Carvalho.
O boletim de urna não aponta quem votou em quem, visto que o voto é secreto, mas mostra quantos eleitores votaram naquele equipamento, e quantos votos cada candidato recebeu. “Eu agora sei que meu voto foi computado. Mas quero participar mais, quero contribuir para que a eleição aconteça sem problemas, com bastante orientação aos eleitores. Por isso já me inscrevi para trabalhar voluntariamente no dia do segundo turno, como coordenadora de prédio”, disse a eleitora Cristiane Botelho.
O diretor geral, Nilson Fernando Gomes Bezerra, explicou aos eleitores os vários procedimentos adotados pela Justiça Eleitoral no que diz respeito à auditoria das urnas eletrônicas. Entre outras explicações, ele ressaltou que, em 22 anos de uso da urna eletrônica, nunca houve comprovação de fraude e, tampouco questionamento formalizado acerca do processo eletrônico de votação, por parte dos partidos políticos.
A visita, que durou cerca de três horas, teve o objetivo de dirimir dúvidas quanto a ocorrências registradas no 1º turno de votação, quando estes eleitores questionaram o funcionamento das urnas como equipamento capaz de traduzir a real vontade do eleitor.
“Isso é o exercício pleno da cidadania. Exercer a cidadania e estimular a democracia não é apenas votar. É questionar, participar, acompanhar, fiscalizar. Estes eleitores estão de parabéns e dão um exemplo inclusive para os representantes de partidos políticos que, embora sejam convidados para acompanhar de perto todos os trabalhos da Justiça Eleitoral, não costumam comparecer, com raras exceções”, disse o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, desembargador Márcio Vidal.
O secretário de Tecnologia da Informação, Luiz Darienzo, detalhou os procedimentos de checagem do software utilizado na urna eletrônica, que fica à disposição dos partidos políticos por 150 dias antes do procedimento de lacre. Ele também explicou as várias barreiras de segurança do programa utilizado no processo eletrônico de votos e de apuração de votos, que impedem qualquer tipo violação ou alteração do resultado. A urna sequer é ligada na internet, motivo pelo qual não se pode falar em ataque bem sucesso, por hackers, a esse equipamento.
Os eleitores também visitaram o Memorial da Justiça Eleitoral, que traz exemplares das urnas desde os tempos do Brasil colônia, até os dias atuais. Nesse espaço, conheceram uma antiga urna eletrônica, que já foi utilizada para colher o voto com um comprovante impresso (que não era entregue ao eleitor) e receberam informações sobre a evolução do processo eletrônico de votação no país.
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