A disseminação de supostas filmagens da votação nas urnas eletrônicas ao longo do primeiro turno está levando a Justiça Eleitoral a pensar novos mecanismos de fiscalização das eleições. Sérgio Ritzmann, diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), explicou à Gazeta do Povo na manhã deste domingo (28) que um dos novos mecanismos deve ser um reposicionamento da cabine de votação nas seções. “A cabine ficará em um local no qual será mantido o sigilo do voto do eleitor, mas que, ao mesmo tempo, permita que os mesários identifiquem movimentos suspeitos com armas e celulares, por exemplo”, explicou o diretor.
Registrar o voto com algum aparelho eletrônico é proibido por lei. O mecanismo é adotado pela Justiça para evitar que o cidadão seja coibido de alguma forma a votar em determinado candidato. Segundo Ritzmann, esse e outros problemas sentidos ao longo do pleito de 2018 serão utilizados como aprendizado pela Justiça Eleitoral. “A fiscalização será aprimorada para as eleições de 2020. Estamos aproveitando os casos ruins para melhorar todo o processo”, afirmou.
Segurança das urnas
O presidente do TRE-PR, Luiz Taro Oyama, acompanhou durante a manhã o processo de votação em alguns locais de Curitiba. Foi o caso do Colégio Positivo Junior, em que uma das urnas teve que ser substituída no primeiro turno. O desembargador reforçou a lisura do processo eleitoral realizado por meio das urnas eletrônicas.
“No primeiro turno houve a impugnação de algumas urnas e o Paraná foi pioneiro para fazer a auditoria e apurar os casos. Depois do processo, constatou-se que os votos foram registrados e computados”, disse. Segundo ele, por causa do tempo de uso, alguns equipamentos podem apresentar falhas ou defeitos, mas isso não quer dizer que o processo eleitoral tenha sido fraudado.
“A urna é plenamente confiável e segura. O voto que o eleitor registrar será computado e contabilizado”, afirmou Oyama.
Casos em que os eleitores considerem que houve algum problema na urna eletrônica devem ser comunicados aos mesários ou à Justiça Eleitoral para que sejam apurados.
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