Fonte: Metropoles
A desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Gislene Pinheiro deu 10 dias para que a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) apresente explicações sobre a aprovação da lei que regulariza as chamadas “pontas de picolé” – terrenos residenciais nas extremidades dos lagos Sul e Norte, virados para o espelho d’água.
A decisão ocorreu no âmbito de um processo iniciado pelo Diretório Regional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Distrito Federal. A sigla pede que o TJDFT declare a inconstitucionalidade da lei.
Na ação, a legenda solicitou a suspensão da norma, por meio de uma liminar, até que o processo seja apreciado pelo Conselho Especial do TJDFT. A desembargadora Gislene Pinheiro indeferiu o pedido, mas entendeu ser importante pedir explicações à CLDF.
Lei sancionada
A lei em questão dá direito sobre o uso de áreas públicas a proprietários de lotes residenciais no Lago Sul e no Lago Norte. A norma foi sancionada na última quarta-feira (18/10).
A norma aprovada permite o cercamento da área, com base na legislação de uso e ocupação do solo, assim como no Código de Obras e Edificações do Distrito Federal.
A regularização dos lotes fica proibida, porém, quando a área pública é imprescindível para garantir o acesso de pedestres a equipamentos públicos comunitários, áreas comerciais e institucionais, bem como paradas de ônibus.
É necessário, ainda, garantir a circulação para rotas acessíveis, o acesso a redes de infraestrutura e demais equipamentos urbanos existentes, bem como evitar sobreposição a espaços definidos como Áreas de Preservação Permanente (APP).
Confira a íntegra do texto nas páginas 1 e 2 do DODF de 18 de outubro de 2023