Fonte: Conjur
Com base em diálogos obtidos pela operação "spoofing", a defesa do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci pediu o reconhecimento da suspeição do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil) nos processos contra ele, e a consequente anulação de qualquer ato da 13ª Vara Federal de Curitiba em ação penal eleitoral.
No documento, de 102 páginas, os advogados de Palocci apresentam uma série de mensagens trocadas entre Moro e o então chefe do consórcio de Curitiba, Deltan Dallagnol.
Em uma delas, o ex-procurador informou Moro que uma denúncia contra Luiz Inácio Lula da Silva estava sendo protocolada naquele momento e que outra contra Sérgio Cabral já estava pronta e ficaria para o dia seguinte. Moro respondeu: "Um bom dia, afinal".
Em uma das conversas, a procuradora Laura Tessler pergunta aos seus pares como Palocci deveria ser chamado, se de "ex-ministro" ou "ex-deputado". Então, o procurador Antônio Carlos Welter responde: "Es-croque". Dallagnol também participa da dinâmica e diz: "Safado".
Além da suspeição de Moro, a defesa de Palocci pede a rejeição da denúncia contra ele com base no argumento de que se a Justiça Federal não tinha competência para atuar no processo, mas a Justiça Eleitoral, o Ministério Público Federal também não poderia ter atuado no caso.
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Processo 0600024-69.2023.6.07.0001