Notícias

TRE-MT se prepara para combater o “caixa 2” em campanhas eleitorais

domingo, 03 de novembro de 2013
Postado por Gabriela Rollemberg Advocacia
Foto:Conrado M./ASCOM/TRE-MT

Foto:Conrado M./ASCOM/TRE-MT

A Justiça Eleitoral começa a discutir em todo o país a necessidade de se buscarem parcerias com a Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência, Banco Central, Controladoria Geral da União, Ministério Público e Receita Federal para combater a movimentação financeira de campanhas eleitorais sem registro formal, também conhecida como “Caixa 2”. No Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), as discussões estão sendo coordenadas pelo juiz-membro do Pleno, José Luis Blaszak, e pelo Coordenador de Controle Interno e Auditoria, Daniel Taurines.

Eles participaram, em Brasília, de um curso de quatro dias que discutiu, dentre outros temas, o Sistema Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, a Análise e Identificação de Movimentações Financeiras Suspeitas, Regulação do Banco Central e Serviços Bancários e Enriquecimento Ilícito.

O curso foi ministrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em parceria com a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA), criada em 2003 por iniciativa do Ministério da Justiça, como forma de contribuir para o combate sistemático à lavagem de dinheiro no País.

O objetivo é trazer as estratégias da ENCCLA para a Justiça Eleitoral, em especial no que tange ao cruzamento de dados de todas as instituições envolvidas para a identificação do “Caixa 2”, que financia a campanha eleitoral sem ser contabilizado, ou seja, sem aparecer na prestação de contas de campanha enviada pelos candidatos à Justiça Eleitoral.

De acordo com o coordenador de Controle Interno e Auditoria do TRE-MT, o dinheiro do “Caixa 2” não transita na conta corrente específica, que por força de Lei deve ser aberta pelo candidato, para fazer frente às necessidades de campanha. Trata-se de uma movimentação paralela, o que dificulta a sua identificação. “O combate ao ‘Caixa 2’ em campanhas é um dever de todos, não apenas da Justiça Eleitoral, pois esta prática contamina o processo democrático, antes e depois do pleito eleitoral”, disse Daniel Taurines.

Para o juiz-membro do Tribunal, José Luis Blaszak, as ferramentas disponíveis na Polícia Federal demonstram que o país pode consolidar, ainda em 2014, importantes avanços no combate a movimentações irregulares das campanhas eleitorais. “Até este momento, só conseguimos detectar indícios de ‘Caixa 2’ ao analisar as contas do candidato, depois de encerrado o processo eleitoral. Mas neste curso, vimos que a Polícia Federal tem em torno de 25 ferramentas de análises de movimentações financeiras. O TSE percebeu que é possível detectar o ‘Caixa 2’ no decorrer do processo eleitoral, com a participação muito mais efetiva do Ministério Público Eleitoral, a partir da análise do visual da campanha, que pode dar indícios de que aquele candidato está gastando mais do que o contabilizado. Há ainda as denúncias que podem surgir, de movimentação financeira fora dos padrões. Estes dados podem despertar o interesse da Polícia Federal e do Ministério Público Eleitoral, que pode abrir uma investigação”, disse o juiz-membro do Pleno.

 

Acesso em 02/11/2013

 

Leia a notícia completa em:
Tribunal Superior Eleitoral
www.tse.jus.br

 

 

Categoria(s): 
,
Tag(s):
, , , , , ,

#GRAinforma

Notícias relacionados

seg, 16 de setembro de 2019

STJ fixa teses repetitivas sobre atraso na entrega de imóvel

Fonte: Conjur A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça fixou, nesta quarta-feira (11/9), quatro teses jurídicas relativas a compromissos de […]
Ler mais...
sex, 18 de outubro de 2013

TRE-ES desaprova contas de campanha de vereador eleito na Serra

O Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo desaprovou, por unanimidade de seus membros, as contas da campanha eleitoral de 2012 […]
Ler mais...
qui, 06 de agosto de 2020

STF referenda medidas de enfrentamento da Covid-19 em terras indígenas

Fonte: STF O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), na sessão desta quarta-feira (5), confirmou determinação para que o governo […]
Ler mais...
qua, 24 de outubro de 2018

Alienações devem ter patrimônio somado para ganho de capital, diz Carf

Por Gabriela Coelho Na venda de duas empresas controladas, direta ou indiretamente, o custo contábil dos investimentos, para fins de eventual […]
Ler mais...
cross linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram