Depois de comemorar a rejeição, pela Câmara dos Deputados, da proposta de eleições por meio do chamado sistema do distritão, a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep) tenta convencer os deputados a rejeitar também a unificação das eleições. A Casa discute esta semana diversas propostas de reforma política, e a entidade vem procurando deputados para expor seus pontos de vista.
A Abradep é um grupo recém-criado que reúne diversos especialistas em Direito Eleitoral com o objetivo de promover discussões e estudos a respeito do tema. Com a entrada em pauta das medidas da reforma eleitoral, o grupo publicou memorial destacando os pontos que defende e critica.
No memorial que vai ser entregue nesta quinta-feira (28/5) aos deputados, a Abradep se mostra contra a unificação das eleições a cada quatro anos. Pela proposta em trâmite, a cada eleição seriam escolhidos os ocupantes de todos os cargos eletivos do país, de vereador a presidente da República.
Para a Abradep, a proposta afasta representante e representado, já que os momentos de escolha ficam mais distantes entre si e, com a grande quantidade de candidatos é mais difícil haver identificação. A entidade também afirma que a proposta vai aumentar o número de abstenções, “com possível crise de legitimidade”.
Outra reclamação é que o fim das eleições a cada dois anos acaba com o “momento de controle”. De acordo com o memorial da Abradep, esse mecanismo “tem sido de fundamental importância para dar vazão a eventuais insatisfações dos eleitores com a opção política escolhida anteriormente”.
Acesso em: 01/06/2015
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