Após afirmar que os manifestantes que foram as ruas gritavam contra a corrupção, o senador Telmário Mota (PDT-RR) perguntou se a reforma política que está em exame no Congresso Nacional atende a esse apelo.
Ele mesmo respondeu, afirmando que, ao manter as doações de empresas, reduzir o tempo de campanha e destinar dinheiro do fundo partidário apenas às legendas que tiverem pelo menos um deputado federal ou senador, a reforma política aprovada pela Câmara dos Deputados vai contra o anseio das ruas. Essa reforma, em sua avaliação, visa acabar com os pequenos partidos e dificulta o surgimento de novas lideranças.
Telmário Mota disse que, indiferentes aos resultados da Operação Lava-Jato, que apura o escândalo na Petrobras, os parlamentares fingem desconhecer a íntima e perversa ligação entre doações de empresas para campanhas eleitorais e acordos de propina e corrupção junto à máquina estatal.
- Foi isso que o povo pediu nas ruas? Claro que não. O povo pediu medidas sérias, não pediu arremendos. É por isso, que não frequento e mandei tirar o meu nome da comissão que estava se propondo a fazer essa reforma. Pensei que fosse uma reforma que fosse ao encontro do anseio do povo, mas é uma reforma que vai ao encontro do anseio dos poderosos - disse o senador.
Acesso em: 24/08/2015
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