Desde a manhã dessa terça-feira (9/3), a urna eletrônica tem sido alvo de um grupo de hackers em mais um teste público de segurança promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Regulamentado por resolução, o procedimento está em sua terceira edição.
Feito em todo ano de eleição, o teste pretende detectar brechas tecnológicas do sistema e propor soluções aos problemas. São 13 pessoas tentando quebrar o sistema da urna por meio de um plano previamente traçado e divulgado.
“Deixamos bem claro que não se trata de uma competição. Não é um concurso. É uma forma democrática, colaborativa, em que o cidadão comum pode vir aqui dar sua contribuição. Não existe o TSE contra o investigador. Somos parceiros, e o objetivo disso é termos um sistema muito mais seguro e transparente”, explica Giuseppe Janino, secretário de Tecnologia de Eleições.
Segundo ele, os investigadores fazem parte de um “grupo de pessoas que tem formação na área de Tecnologia da Informação, ligadas a universidades, doutores, mestres e que leva os testes para um nível bastante superior, e isso é bastante favorável”.
Um dos exemplos citados por Janino como contribuição dos testes anteriores foi o fato de uma equipe ter encontrado, em 2009, ondas eletromagnéticas à medida que as teclas eram pressionadas. Então, em cada tecla, o investigador identificou uma frequência diferente e, com um rádio receptor, captava essas frequências e traduzia o que estava sendo digitado.
“Apesar da eficácia estar restrita a uma distância de 12 centímetros, ele proporcionou uma melhoria considerável no projeto da própria urna. Hoje, o teclado da urna é blindado e criptografado. É um resultado tático de uma evolução baseado nessa colaboração que nós tivemos”, explicou Janino.
Acesso em: 10/03/2016
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