Na manhã desta terça-feira (15), integrantes da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau participam de uma apresentação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para conhecer mais sobre o sistema eletrônico de votação brasileiro.
Especialista em informática, um dos integrantes do grupo é Mamadu Iaia Bari, que destacou o seu interesse em conhecer o processo de construção do sistema de votação para além da urna eletrônica. “Compreendemos que a urna é fruto de um processo. Então, a questão não está em ter a urna em si, mas, sobretudo, entender o processo de construção”, disse ele ao lembrar as várias etapas enfrentadas para desenvolver a urna eletrônica no modelo atual.
“Nossa intenção não é levar a urna para nosso país, mas começar paulatinamente a melhorar nosso sistema em direção à votação eletrônica”, afirmou.
O técnico também fez referência à segurança do voto em nosso país. “Tudo o que se faz no tocante ao processo eleitoral, baseia-se no princípio de confiança. E a confiança é gerada por mecanismos de segurança sólidos e estáveis. A experiência do TSE será uma espécie de bíblia que a nossa Comissão vai ter realmente que seguir para criar uma estrutura como ela deve ser”, enfatizou.
Giuseppe Janino
Quem conduz a comissão para conhecer mais sobre o desenvolvimento da urna eletrônica é o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, que classifica o encontro como uma oportunidade bastante importante de o Brasil passar o seu conhecimento para outros países.
“Nós somos referência mundial nesse assunto e o acordo de cooperação firmado com Guiné-Bissau é uma oportunidade para o Brasil transferir conhecimento. O acordo não é para ceder equipamento ou transferir softwares, e, sim, transferir conhecimento, pois cada país tem sua realidade, o sistema eleitoral brasileiro foi desenvolvido para a realidade do povo brasileiro com todas suas peculiaridades e características. Portanto, que os países possam estabelecer essa linha de trabalho desenvolvida no Brasil de acordo com as suas próprias características e peculiaridades”.
Giuseppe lembrou que o Brasil tem 20 anos de utilização do voto informatizado e, durante esse tempo, não há sequer uma fraude detectada e comprovada, “o que demonstra o quanto o sistema evolui a cada dia trazendo transparência e segurança para o processo eleitoral”.
Após uma série de programação nas dependências do TSE em diversas áreas durante esta semana, a delegação seguirá para Manaus (AM) no dia 19, onde acompanhará a preparação para o segundo turno das eleições para governador do Amazonas, marcado para o próximo dia 27 de agosto.
Fonte:http://www.tse.jus.br