Notícias

Requerido em ACP não pode ser condenado em honorários advocatícios se não há má-fé

quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Postado por Gabriela Rollemberg Advocacia

A Corte Especial do STJ, em decisão unânime, negou a pretensão da União de ver reconhecido o cabimento de condenação em honorários advocatícios de demandado em ação civil pública. O entendimento do colegiado, desta quarta-feira, 16, foi proferido no julgamento de embargos de divergência relatados pelo ministro Og Fernandes.

t

A questão controvertida analisada dizia respeito ao fato de a isenção relativamente aos honorários advocatícios (art. 18 da lei 7.347/85) remeter-se tão somente à parte autora ou se deveria ser estendida ao demandado quando igualmente inexistente a má-fé, como firmado pelo aresto embargado, da 1ª turma do Tribunal. A União suscitou julgado da 4ª turma no qual ficou assentado que a isenção disciplinada pelo art. 18 da lei beneficia apenas o autor, e não o requerido.

Persistira dúvida sobre a possibilidade de condenação da parte requerida vencida em ação civil pública, quando seu autor for pessoa jurídica de direito público – neste caso, a União – ou entidade associativa, que não o Ministério Público”, asseverou o ministro.

Para o relator, tal questão foi consolidada na 2ª turma com o julgamento do AgInt no REsp 1.531.504, cujo entendimento se tornou prevalecente nos colegiados de Direito Público. Og destacou que, mesmo no âmbito das turmas de Direito Privado, ainda que o tema não tenha sido analisado sob a óptica de a parte autora ser ente de direito público, o princípio da simetria foi aplicado em diversas oportunidades.

Penso que se deva privilegiar, no âmbito da Corte Especial, o entendimento dos órgãos fracionários desta Casa de Justiça, no sentido de que, em razão da simetria, descabe a condenação em honorários advocatícios da parte requerida em ação civil pública, quando inexistente má-fé, de igual sorte como ocorre com a parte autora.”

Dessa forma, o ministro negou provimento aos embargos, a fim de aplicar à situação em exame a jurisprudência majoritária da Corte Superior sobre o tema.

  • Processo: EAREsp 962.250

Acesse o conteúdo completo em m.migalhas.com.br

Categoria(s): 
,
Tag(s):
, , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

#GRAinforma

Notícias relacionados

qui, 22 de março de 2018

Mudanças na lei facilitam participação da mulher na política

“O Emponderamento Feminino e a Participação da Mulher na Política Brasileira” é o tema de uma palestra que acontece nesta […]
Ler mais...
sex, 29 de abril de 2016

Liberdade de expressão permite apoio a candidato de outro partido

Por Pedro Canário Apoiar candidato de outro partido pode até ser ilícito eleitoral, mas, na esfera cível, o ato está protegido […]
Ler mais...
ter, 14 de fevereiro de 2023

Plenário determina que PROS devolva mais de 1,8 milhão aos cofres públicos

Fonte: TSE Na sessão desta terça-feira (7), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desaprovou a prestação de contas do Diretório Nacional […]
Ler mais...
ter, 25 de julho de 2017

TRE-AM rejeita recurso e mantém candidatura de Liliane Araújo indeferida

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) manteve, nesta quarta-feira (10), o indeferimento do registro da chapa da candidata ao […]
Ler mais...
cross linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram