Fonte: Gizmodo
Demorou, mas chegou. Anunciada na conferência F8 de 2018, logo após o escândalo da Cambridge Analytica, a ferramenta do Facebook para o usuário limpar seu histórico da rede social e de parceiros finalmente está disponível para pessoas de todo o mundo. Com ela, é possível ver que empresas compartilham dados com a rede social e desvinculá-los da sua conta.
O novo recurso está disponível com o nome “Ver ou desconectar sua atividade fora do Facebook“, na seção “Suas informações do Facebook“, em “Atalhos de privacidade“. Para facilitar: clique neste link.
São dados coletados a partir de interações do usuário com empresas e serviços — ou seja, de fora do Facebook, como o nome já diz. Esses dados são compartilhados com o Facebook e ficam vinculados à sua conta quando a rede social consegue fazer a correspondência entre o dispositivo que acessou o serviço e o dispositivo vinculado à conta. Aí então, ele podem usados para anúncios na plataforma.
O exemplo usado no post do blog da rede social explica bem como isso funciona:
Imagine que um site de roupas queira exibir anúncios para pessoas interessadas em um novo estilo de sapatos. Ele pode enviar informações ao Facebook informando que uma pessoa em um determinado dispositivo viu esse tipo de sapato. Se as informações desse dispositivo corresponderem à conta do Facebook de alguém, poderemos exibir anúncios desse sapato para a pessoa.
Com o recurso, será possível desvincular esses dados da sua conta. Ou seja, eles não somem, mas deixam de ter relação com seu cadastro no Facebook. A empresa diz que não mais saberá que sites o usuário visitou e não usará os dados desvinculados para mostrar anúncios.
“Sabemos que haverá um impacto nos nossos negócios, mas acreditamos que oferecer às pessoas o controle sobre os dados delas é mais importante”, diz o comunicado de agosto de 2019, quando o recurso começou a ser liberado em alguns países.
O post ainda destaca as dificuldades técnicas que foram superadas para desenvolver esse recurso. Elas foram noticiadas neste longo intervalo entre o anúncio do recurso, em maio de 2018, e o início de seu lançamento para todo o mundo, agora em 2020. Os dados de navegação coletados de terceiros não estavam organizados por usuário e sim por data e hora, além de estarem armazenados em diferentes servidores.